Acaso, a dor alheia já te doeu como se fosse a sua própria??
Não por acaso, é assim que me sinto ao saber sobre o pequeno João, do Rio de Janeiro.
Não consigo permanecer inerte diante da sabida e sofrida dor daquela mãe que viu o corpo do filho sendo arrastado absurdamente rua afora.... (...)
Não consigo dizer, como muitos: " É só não assistir tv, que a gente não sofre!" Mas, como assim??? As pessoas estão sendo mutiladas, estão sendo mortas, humilhadas, sob todas as formas possíveis e impossíveis, e "é melhor não olhar pra isso"???
Não! Não admito fazer de conta que isso não é da minha conta, pois , se aqui estou nesse mundo assombroso, é sim, da minha conta! E terei culpa, se não grito pros outros quando é preciso que eu grite. e agora, nesse instante, é preciso que eu grite (mesmo que pra um eco inexistente): GENTE!! PELAMORDEDEUS!!! MEXAMO_NOS!!! FAÇAMOS ALGO PELOS NOSSOS FILHOS!!!! FAÇAMOS ALGO!!!!! PELAMORDEDEUS!!!!!!!
O que há de palpável em minha emoção? Sei dos versos que me torna humana. Sei das dores que me faz insana. Nada além... Meu sentimento jorra poesia que grita pra sobreviver Nesse parto sombrio que é a alma contra a calma a arma contra o carma o lúdico no cio. E quem me garante que o que escrevo seja arte? Talvez seja parte de uma farsa, Uma falsa modéstia Uma insana moléstia que me faz sentir gente. Demente. Mas, não menos gente.
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
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Um comentário:
IMPOSSÍVEL MEEESMO se sentir alheia a essa situação. Chorei sem ao menos conhecer (aliás, isso não é preciso né).
O pior é que passado um tempo as pessoas se esquecem do que sentiram. A revolta se acomoda em algum lugar dentro delas e tudo continua como sempre esteve.
Eu acho que esse caso devia mudar TODO o código penal.
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