O que há de palpável em minha emoção? Sei dos versos que me torna humana. Sei das dores que me faz insana. Nada além... Meu sentimento jorra poesia que grita pra sobreviver Nesse parto sombrio que é a alma contra a calma a arma contra o carma o lúdico no cio. E quem me garante que o que escrevo seja arte? Talvez seja parte de uma farsa, Uma falsa modéstia Uma insana moléstia que me faz sentir gente. Demente. Mas, não menos gente.
domingo, setembro 17, 2006
Sábado à noite. Oração na casa de mãe. Todo mundo já havia chegado: Tio Dimas e Marli. Tia Mõnica quelida, Tiago e Juninho. Mãe, eu , Elisângela e minha prole. Kleber, Flavio e Elisandro viajando. Antes de sairmos de casa, Biel havia jantado bonitinho, pra não ficar pedindo coisas assim que chega na casa dos outros. Chamei-o num cantinho, e numa conversa de "homem pra homem", disse:
"_Biel, quando a gente chega na casa dos outros, a gente não fica pedindo bolachinha, biscoito ou balinha. A gente espera a pessoa oferecer pra gente. Aí a gente aceita, tá bom?"
Biel, todo compreensivo, responde:
"_ Sim, mamãe! A gente não pede. A gente espela ganhar balinha e bolachinha!"
Beleza!! Tudo acordado entre as partes.
Mal chegamos e cumprimentamos, Biel pede/gritando:
"_ Mamãe!! Mamãe! Biel quer almuxar!"
Respondo, vermelha de vergonha:
"Mas, Biel! Você acabou de jantar lá em casa, lembra??"
Biel retruca:
"_ Lemblo. Biel jantou, mas, Biel quer Almuxar agola!"
Todo mundo em gargalhadas. Menos eu, que jurava ter ensinado tudo direitinho...
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