Tempo....
O tempo tá bom. Chuvoso. Chuvinha calma, educada, tranquila. E esse tempo assim geralmente mexe com uns botões internos da gente, e a gente matuta mais: É como estou hoje. Matutante..
Sentada aqui do meu sofá da sala, apreciando minha xícara de café (mais uma, vale dizer), posso ver os muitos livros que me espreitam da biblioteca.
Sim, tenho um cômodo da casa só pra aquela leitura especial, ou sem compromisso, ou pros estudos, mais precisamente. Pois bem! Voltemos aos livros. Eles, que não sendo tão poucos assim, enfileirados entre novos e velhos, aquisições recentes ou mais antigas, devem ficar dali conjecturando quando arrumarei tempo pra lê-los todos. Pois é. Tempo. Esse negócio precioso e tão ausente de que todo mundo fala e reclama. Tempo pra cuidar de si, dar atenção pra família, fazer aquela viagem, visitar aqueles amigos que moram lá nos cafundós do Judas... E se não tivermos esse tempo todo de que precisamos,hein? E se não tivermos mais tempo pra usar aqueles cremes todos que compramos e que nos promete maravilhas? E se não houver tempo pra aquela viagem, pra aquela tarde do café com biscoito com os amigos lá de sua cidade natal? E se não houver tempo no futuro que esperamos e imaginamos ter, pra ler todos aqueles livros amontoados nos nossos cômodos das promessas? Tempo é vida. E quando passa, a gente nem viu.
O que há de palpável em minha emoção? Sei dos versos que me torna humana. Sei das dores que me faz insana. Nada além... Meu sentimento jorra poesia que grita pra sobreviver Nesse parto sombrio que é a alma contra a calma a arma contra o carma o lúdico no cio. E quem me garante que o que escrevo seja arte? Talvez seja parte de uma farsa, Uma falsa modéstia Uma insana moléstia que me faz sentir gente. Demente. Mas, não menos gente.
quinta-feira, abril 25, 2019
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