"Queria escrever um livro. Um livro que ensinasse algo, que seja.Mas, que aprendessem com ele. Fosse coser ou cozinhar ovos. Mas, útil.
Queria plantar uma árvore inesquecível, feito o pé de manga embu do quintal de casa, naquela infância sem fim que tive.
Queria meus filhos pra sempre comigo. Ei-los aqui, mas, me dói o tempo. Sentir o tempo sugando tudo e todos me é pavoroso.
Não entendo esse desespero todo diante do agora, mas, queria reter tudo e todos, pra sempre, eternizando o impossível do depois.
Meu Deus!! Melhor desligar isso e aproveitar o tempo, tudo e todos.
Bom domingo! Pra mim também!"
O que há de palpável em minha emoção? Sei dos versos que me torna humana. Sei das dores que me faz insana. Nada além... Meu sentimento jorra poesia que grita pra sobreviver Nesse parto sombrio que é a alma contra a calma a arma contra o carma o lúdico no cio. E quem me garante que o que escrevo seja arte? Talvez seja parte de uma farsa, Uma falsa modéstia Uma insana moléstia que me faz sentir gente. Demente. Mas, não menos gente.
domingo, novembro 05, 2006
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