Preciso te contar uma história. A história do príncipe que cismava ser sapo. Rodeado de riquezas de ouro e humanas, nunca na vida tinha sentido a sensação de se ser sapo. E, talvez por isso, a desejasse tanto. O príncipe, lá de seus aposentos reais, cismou de encomendar dos magos do Reino, a porção mágica que o transformasse nesse ser ignóbil que todos nós, reles mortais, abominamos (ou quase todos). Foi um alvoroço tremendo em todo o Reino.
_ Como pode isso??? _ Indagavam uns, incrédulos. _ Como pode um homem lindo, perfeito, que tem tudo nessa vida: Jóias, a promessa da Coroa Real, mulheres, terras, todo o Reino a seus pés, querer virar SAPO??? Deve estar doido! Só pode!!
E o povo conjecturava todas as possibilidades que levavam aquele homem a querer mudar tão drasticamente seu destino.
O grande dia chega, e a porção absurda chega às mãos principescas. Ele, louco pra se livrar daquela vida de príncipe, trata de virar todo aquele líquido verde-fosfóreo, que é quase uma gosma/nojo. Acho até que não poderia ser diferente. Afinal, no mundo dos sapos, nada deve ser muito bonito, né? Pois foi assim, nesse tom verde/gosma que o lindo príncipe transforma-se , dali pra sempre, num sapinho magro, mas, muito,muito saudável. A propósito, tornou-se nosso príncipe o sapo mais feliz do mundo!! E manda avisar que a produção de girinos anda a mil!
O que há de palpável em minha emoção? Sei dos versos que me torna humana. Sei das dores que me faz insana. Nada além... Meu sentimento jorra poesia que grita pra sobreviver Nesse parto sombrio que é a alma contra a calma a arma contra o carma o lúdico no cio. E quem me garante que o que escrevo seja arte? Talvez seja parte de uma farsa, Uma falsa modéstia Uma insana moléstia que me faz sentir gente. Demente. Mas, não menos gente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Descoberta!!
Hello, all! Descobri, quase sem querer (Que é como se descobrem todas as melhores coisas do mundo), a versão masculina de Grace and Franki...
-
Essa noite foi povoada de mortos nos meus sonhos. Eram um monte deles, em frente à Igreja lá de Itacambira. Dentre eles, haviam vivos, que e...
-
Era um tempo comum Tempo pra nada De cafés na cozinha de galo de madrugada. Aromas de frutas Verdes pomares Saudades de infância Doces go...
Nenhum comentário:
Postar um comentário