"Falta-me algo.
O assunto.
O ponto.
Falta-me algo.
Sem plágio.
O conto.
E nesse desassossego
é que vivo.
Sem o que dizer,
nem o que contar.
Sim, pois,
falta-me algo:
O conto!"
O que há de palpável em minha emoção? Sei dos versos que me torna humana. Sei das dores que me faz insana. Nada além... Meu sentimento jorra poesia que grita pra sobreviver Nesse parto sombrio que é a alma contra a calma a arma contra o carma o lúdico no cio. E quem me garante que o que escrevo seja arte? Talvez seja parte de uma farsa, Uma falsa modéstia Uma insana moléstia que me faz sentir gente. Demente. Mas, não menos gente.
segunda-feira, agosto 13, 2007
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Descoberta!!
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Um comentário:
Como não tinha conto... , permito-me lhe deixar aqui esse conto.
Quando os Outros dão pouco Valor
Há muitos anos, em Londres, um grupo de pessoas reuniu-se, certa manhã, num pequeno salão de uma loja para o leilão de antigas relíquias e curiosidades. O leiloeiro, apresentando um violino velho, escuro e sujo, disse: "Senhoras e senhores, eis aqui um notável e velho instrumento que tenho o privilégio de vos oferecer. É um genuíno Cremona, fabricado pelo famoso AHntónio Stradivarius. É raríssimo e vale em ouro o seu peso. Quanto ofereceis?" O povo, com ar de crítica, olhava o instrumento. Alguns duvidavam da afirmação do leiloeiro. Notaram que o violino não tinha o nome de Stradivarius gravado. O homem explicou-lhes que, de fato, os primeiros violinos não tinham a gravação do homem e que muitos instrumentos que o tinham não eram autênticos. Assegura, entretanto, que aquele era realmente um autêntico Stradivarius. Ainda assim, os compradores criticaram como em geral o fazem. Ofereceram cinco guinéus em ouro e nada mais. O leiloeiro apregoou e suplicou. "Seria ridículo vender um violino tão raro por um preço tão baixo", disse ele. Nada mais, porém, ofereceram.
Nesse momento entrou na loja um homem. Era de meia-idade, alto, magro, de cabelos pretos e usava um casaco d veludo. Dirigiu-se ao apregoador com um andar todo peculiar e sem dar atenção aos presentes tomou o violino nas mãos e admirou-o longamente. Com o lenço limpou o pó, reajustou a tensão das cordas e levou-o até ao ouvido demoradamente como se estivesse ouvindo alguma coisa. Colocando-o finalmente em posição correta, apanhou o arco, enquanto na audiência correu o murmúrio: "Paganini".
Mal o arco tocou nas cordas uma música suave encheu a loja de sons maravilhosos, encantando os ouvintes. E enquanto tocava o povo ria e chorava, não reprimindo as próprias emoções. Os homens descobriram-se como se estivessem em lugar de reverência. Tocara em suas emoções da mesma maneira que tocava no velho violino escuro.
Pouco a pouco a música cessou. E como se voltasse de um grande encantamento, o povo começou a disputar o velho violino. "Cinquenta guinéus", "Sessenta", "Setenta", "oitenta", gritavam na calorosa discussão.
Finalmente foi conquistado por cem guinéus em ouro pelo próprio famoso violinista que naquela tarde teve uma vasta audiência que mal respirava sob a magia da música tirada do velho, escuro, sujo e desprezado violino.
Fora desprezado até o momento em que alguém o reconheceu e o tomou em suas mãos. Seu valor era desconhecido. O toque da mão doquele q o reconheceu revelou o seu raro valor e um mundo de harmonias escondidas. Deu ao pequeno instrumento sobre quem haviam posto dúvidas, o seu verdadeiro lugar de alta honra diante de todos.
Permita-me dizer que alguns de nós temos oferecido apenas cinco guinéus por coisas que têm real e imensurável valor em nossa vida, desconhecemos o verdadeiro valor daquilo que nos rodeia. É bom investigar!
Hoje é 25/08/2007 - Dia de reflexao sobre a doença
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