"Não quero a poesia
dentro de mim.
Quero-a exposta
feito minha cara torta
que, mesmo não estando pronta,
aqui se encontra,
dando-se a tapas
e arranhões.
Não quero a poesia
pro delírio apenas.
Quero-a pro gozo
e o desespero.
Quero-a pro consumo
e pro desmazelo.
Quero-a pra morte
e pra toda sorte
que a ela convir."
O que há de palpável em minha emoção? Sei dos versos que me torna humana. Sei das dores que me faz insana. Nada além... Meu sentimento jorra poesia que grita pra sobreviver Nesse parto sombrio que é a alma contra a calma a arma contra o carma o lúdico no cio. E quem me garante que o que escrevo seja arte? Talvez seja parte de uma farsa, Uma falsa modéstia Uma insana moléstia que me faz sentir gente. Demente. Mas, não menos gente.
terça-feira, abril 11, 2006
Encontro
"E foi assim
no meio daquele temporal
que se acharam.
E seus corpos
que eram gélidos
pelo tempo
com o tempo
tornaram-se mornos
e reconfortados pela presença
quentes ficaram.
E assim
permaneceram juntos
porque juntos
eram mais,
bem mais que
corpos gélidos
apenas."
no meio daquele temporal
que se acharam.
E seus corpos
que eram gélidos
pelo tempo
com o tempo
tornaram-se mornos
e reconfortados pela presença
quentes ficaram.
E assim
permaneceram juntos
porque juntos
eram mais,
bem mais que
corpos gélidos
apenas."
segunda-feira, abril 10, 2006
Grito surdo
Não posso enlouquecer.
Por isso escrevo.
Linhas tortas.
Frases feitas.
Coisas mortas.
Todas elas.
Necessárias.
Sangue e suga.
Existencio.
No silêncio
é que falo.
Silencio
no meu grito
Surdo-mudo
Mudo de assunto.
Por isso escrevo.
Linhas tortas.
Frases feitas.
Coisas mortas.
Todas elas.
Necessárias.
Sangue e suga.
Existencio.
No silêncio
é que falo.
Silencio
no meu grito
Surdo-mudo
Mudo de assunto.
Chuvas
Toda chuva é assim:
cheia de intenções
más e boas.
Mas, cheia.
Temporal.
Chuvarada que se preza
dá goteira
em algum lugar.
Em alguém.
Toda chuva que se ama
dá enchurrada.
Encharca cantos,
conclama ventos,
ventanias.
Qualquer coisa que o valha.
Assim que tem que ser,
respeitável chuva.
cheia de intenções
más e boas.
Mas, cheia.
Temporal.
Chuvarada que se preza
dá goteira
em algum lugar.
Em alguém.
Toda chuva que se ama
dá enchurrada.
Encharca cantos,
conclama ventos,
ventanias.
Qualquer coisa que o valha.
Assim que tem que ser,
respeitável chuva.
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